Um dos materiais didáticos desenvolvidos pelo PIBID ESALQ que já se encontra disponível para download aqui no blog é a cartilha da Série “Tecnologias e Educação” Volume 1: Jogos on-line no aprendizado–ensino fundamental (ciclo II). Essa cartilha, bem como a série, foi criada pela ex-bolsista do PIBID ESALQ (2013–2014), Lívia Moreira de Camargo Barreto, atualmente formada em bacharelado e licenciatura em Ciências Biológicas pela ESALQ/USP. A série objetiva auxiliar os professores na inserção pedagógica das tecnologias da informação e comunicação (TIC) em aulas. O volume I apresenta alguns jogos disponíveis on-line que podem ser utilizados no ensino fundamental II, bem como onde encontrá-los, sugestões e dicas de como empregá-los em sala de aula. A cartilha encontra-se disponível no blog na aba "materiais", em "apostilas".
A seguir, saiba um pouco mais sobre a inserção das TIC no ensino, a atuação do PIBID ESALQ nesse contexto e a motivação para a produção da cartilha.
O uso das TIC no ensino e as atividades do PIBID ESALQ nesse contexto
O relatório 2013 do CETIC – Centro de Estudos sobre a Tecnologia da Informação e Comunicação exibe a compilação dos dados de pesquisa obtidos com 1987 professores, 9657 alunos, 939 diretores e 868 coordenadores pedagógicos de 994 escolas públicas e privadas localizadas em áreas urbanas espalhadas pelo território nacional e constatou que,apenas 46% dos professores declararam utilizar computador e Internet em atividades com os alunos na sala de aula.
Segundo também revela o relatório CETIC de 2013 jogos e programas/softwares educacionais estão entre os recursos disponíveis na Internet menos utilizados pelos professores 42% e 39% respectivamente, enquanto que o uso de imagens aparece corresponde a 84% seguido pela utilização de textos (83%). Embora os jogos sejam pouco aproveitados, a inserção desses no ensino aumenta o envolvimento e interesse dos alunos que se tornam ativos no processo de aprendizagem.
Como afirmam Cristofoletti e Pipitone (2012) os jogos, softwares e demais recursos digitais não devem ser vistos como únicas estratégias didáticas e, por si só, não garantem a aprendizagem de certos saberes, no entanto constituem-se em suportes eficientes para promover a interação, a motivação e o aprimoramento da cognição ao preencher lacunas deixadas pelo processo tradicional de transmissão/recepção dos conhecimentos.
Nesta perspectiva, o uso dos jogos, softwares e outras tecnologias digitais não são fins, porém o eixo que conduz o desenvolvimento do conteúdo por meio, da interação com os colegas e com o conhecimento de forma eficiente e, sobretudo, prazerosa. Dentro desse contexto o PIBID ESALQ se mostrou um importante e efetivo instrumento para a habilitação dos professores para o uso das TIC.
A atuação dos estagiários do PIBID ESALQ com os professores das escolas envolvidas com o citado programa fizeram-nos sentir motivados e apoiados para planejar e desenvolver experiências educativas inovadoras a partir da inclusão de tecnologias no ensino. Entre as atividades realizadas pelo PIBID ESALQ vale destacar o processo de seleção e uso de jogos, softwares e animações que estivessem em sintonia com o planejamento de ensino dos professores.
Os jogos e demais recursos tecnológicos selecionados tinham que ser livres e não envolver recursos como aquisição de licenças, etc. Os recursos disponíveis em portais oficiais como o do MEC foram os primeiramente analisados, assim como os jogos disponíveis em plataformas abertas. Depois de selecionados, os jogos e demais recursos foram testados em função da avaliação de sua pertinência com o tema de aula, complementação da aula ou como atividade extraclasse. Todas estas atividades foram realizadas em conjunto com os professores envolvidos.
A partir da escolha do recurso, os estagiários PIBID responsabilizavam-se pelo apoio técnico ao professor durante a aula. Esta atividade resultou em ampliação da segurança e da motivação dos professores para o uso das tecnologias e da sala “Acessa Escola”. Este interesse foi reforçado pela recepção positiva demonstrada pelos estudantes.
Como conclusão é possível afirmar que o PIBID instituiu e conciliou um espaço altamente potente para a inserção de tecnologias no ensino, bem como para a preparação dos docentes para o uso refletido das mesmas. Vale registrar que, todo o processo se consolidou em torno do professor como a figura central do processo formativo, como protagonista e responsável por todas as decisões e inovações pedagógicas que ocorram no processo de ensino e aprendizagem.
Fonte: trechos da apresentação contida na cartilha escrita por Maria Angélica Penatti Pipitone–Professora associada da Universidade de São Paulo (USP)/Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ).
Referências: TIC Educação 2012: Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas brasileiras [livro eletrônico]. São Paulo: Comitê Gestor da internet no Brasil, 2013. Disponível em: http://www.cetic.br/media/docs/publicacoes/2/ticeducacao-2012.pdf. Acesso em: 20/04/2015.
CRISTOFOLETTI, N; PIPITONE, M. A. P. O Programa “Acessa Escola” e o Ensino de Ciências. VII Encontro Regional da ANPAE Sudeste e XII Encontro Estadual da ANPAE – SP, 2012, Campinas. Gestão de Sistemas, Redes de Ensino e de Escolas: Desafios para o campo de pesquisa e para os Profissionais da Educação. Campinas: ANPAE, 2012. v. 1.
Origem da Série “Tecnologias e Educação” e da cartilha
"A ideia da criação da Série “Tecnologias e Educação” surgiu a partir da percepção, por meio da atuação no projeto do PIBID ESALQ, da falta de materiais totalmente voltados a auxiliar os professores na inserção pedagógica das tecnologias da informação e comunicação (TIC) em aulas. A meu ver a confecção e disponibilização desses materiais se fazem importantes visto que muitos dos docentes ainda não utilizam as TIC com seus alunos por motivos diversos, seja por apresentarem dificuldades no domínio das tecnologias, seja por não ter tempo suficiente para procurar e testar bons recursos midiáticos e digitais ou ainda por não imaginarem meios de incorporar esses recursos dentro do processo de ensino-aprendizagem.
Mesmo que as cartilhas dessa Série não sejam “a solução”, uma vez que vários fatores estão envolvidos para integrar, de fato, as TIC no processo de ensino-aprendizagem,nós, participantes do PIBID acreditamos que algumas observações, dicas e sugestões possam fazer a diferença ao proporcionar a confiança necessária para que esses professores deem o pontapé inicial na utilização das TIC em suas aulas e que a partir daí os recursos tecnológicos se tornem amigáveis e mais atraentes.
Nesse sentido, temos certeza que essa cartilha poderá ajudar e ser útil para muitos docentes, e esperamos que ela possa servir de inspiração para que os mesmos não desanimem na busca do aprimoramento de sua formação e preparação para a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação com fins pedagógicos."
Fonte: prefácio contido na cartilha escrito pela ex-bolsista do PIBID ESALQ (2013–2014) Lívia Moreira de Camargo Barreto–Graduada e Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo
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